sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Eu liberto-te...



Em singelos momentos sempre pensei que a minha felicidade existia por tua causa, no entanto, são palavras, gestos que hoje só denotei no meu ser. 

Esse ser imbecil que procura amor no outro e não se ama a ele próprio, esse ser que rejeita a liberdade de um momento, esse ser que irá estar sempre preso mesmo não querendo, esse ser que reclama e não é ouvido, esse ser que tenta e mesmo assim não pára o teu mundo. 

Hoje não mais do que nunca, esse ser sente-se um trapo, aquele trapo velho que se encosta no armário e deixou-se de usar. Aquele trapo que todos lamentam o seu uso, mas que está cansado de ser usado por todos.
Hoje lamento a minha felicidade e não a tua, porque tu és livre, podes voar,podes não me compreender, podes abarcar nas tuas asas quem quiseres... e a causa nunca serei eu, pois a opção da libertinagem cabe te a ti, mas eu não entrarei mais nela
Hoje lamento ser uma simples menina à procura de liberdade, lamento a imperfeição a insegurança, lamento o facto de te ter procurado, lamento obstruir o teu ser no meu e vice versa...

Lamento porque acredito que é necessário ver o outro lado, a outra face à moeda e ver que afinal ela vale o mesmo quando estou contigo... Lamento, culpo-me, odeio-me por deixar o invisível me ter apaziguado os olhos; somente Lamento...




2011
Gisela Pascoal



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